MEU SONETO AO AMOR

Diante das incertezas

ou da indubitável

imprevisibilidade da vida,

tenho mesmo que amar...

Amar agora!

Amanhã, amar.

Amar até, mesmo antes,

as coisas que não amei.

Amar mais intensamente,

desapegadamente amar,

seja por onde for.

Amar inclusive a dor

e até o desamor.

Amar os espinhos, além da flor.

(Na vida, minha conversa com Carlos Drummond)