[daquelas poesias-declarações/indiretas que nunca deveriam ser expostas]
você sempre está
do mesmo jeito
blusa de moletom, calça jeans preta
fumando um baseado
é aquela história
você diz querer largar o cigarro
a gente se encontra
sem querer pelas ruas
trocamos experiências
você é o mesmo menino
que deixei há 4 meses atrás
se bem...
que você já tinha me deixado
fazia algum tempo
dessa última vez,
você me convidou pra entrar
o seu quarto tem seu cheiro
acho que pegaria mal
se eu te contasse que amo sua mãe
e sua irmã
e quando você não está em casa
eu peço pra entrar no seu quarto
eu quase mato minha saudade
o teu cheiro é impregnado
no travesseiro
você continua na sua
vivendo sua vida
eu já nem estou
tão mais na tua
quem diria?
naquela noite fria de Maio
no domingo do dia das mães
que iríamos ficar assim
você me conta do seu rolo novo
eu finjo não me incomodar
você finge não perceber
e é assim que vai ser
até a gente se esquecer
nos encontrar
e pegar um lugar, esse...
que você não soube agarrar
na minha imensidão
aquele... que eu não soube
conquistar no teu coração.