[daquelas poesias-declarações/indiretas que nunca deveriam ser expostas]

você sempre está

do mesmo jeito

blusa de moletom, calça jeans preta

fumando um baseado

é aquela história

você diz querer largar o cigarro

a gente se encontra

sem querer pelas ruas

trocamos experiências

você é o mesmo menino

que deixei há 4 meses atrás

se bem...

que você já tinha me deixado

fazia algum tempo

dessa última vez,

você me convidou pra entrar

o seu quarto tem seu cheiro

acho que pegaria mal

se eu te contasse que amo sua mãe

e sua irmã

e quando você não está em casa

eu peço pra entrar no seu quarto

eu quase mato minha saudade

o teu cheiro é impregnado

no travesseiro

você continua na sua

vivendo sua vida

eu já nem estou

tão mais na tua

quem diria?

naquela noite fria de Maio

no domingo do dia das mães

que iríamos ficar assim

você me conta do seu rolo novo

eu finjo não me incomodar

você finge não perceber

e é assim que vai ser

até a gente se esquecer

nos encontrar

e pegar um lugar, esse...

que você não soube agarrar

na minha imensidão

aquele... que eu não soube

conquistar no teu coração.

Victoria Mamede
Enviado por Victoria Mamede em 01/02/2016
Reeditado em 28/03/2016
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