Quem sabe de mim?

Sou a delirante razão

De um anárquico coração,

Que beija a tua mão

Onde a culpa também é perdão.

Tua liberdade é meu aprisionamento,

Meu aprisionamento e a tua liberdade

Eu me disfarço no vento.

Mas, me reconheço nessa verdade

Nesse momento de perfeição.

Tão raro para nós humanos,

Aquilo que não é afeição

Se torna insano.

Ser apenas imperfeito

Já me deixa satisfeito

Tendo como única virtude

Saber rir dos meus defeitos.

Aprendendo a fazê-lo com arte,

Com toda loucura que nos farte,

Sempre fiéis a nós mesmos.

Nascendo sempre à esmo,

meus lábios desvendam as tuas covinhas,

Florescendo o sonho bom que nos acarinha,

Minha voracidade da tua luz desencaminha

O que aqui só se pode ler, nas entrelinhas.

No caos, na dor, na luz,

De cada acontecimento

Segue sendo teu o meu pensamento...

De tudo quanto expus

Fica que a vida é também triste

Só não o é mais,

Porque você existe.

Barthes.

BARTHES
Enviado por BARTHES em 03/02/2016
Código do texto: T5532022
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