Foi inevitável deixar que partisse
Humm, por um tempo foi inevitável deixar que partisse,
Vou esperar a chuva passar,
O tempo anda ruim, indecifrável,
Mas, mesmo assim , não deixo de contigo sonhar,
E agora(?)
Que a poeira havia tomado assento
Veio por aqui o teu vento de verão,
Consumir o refrão dessa melodia, versos meus...
(Tão seus)
A Poesia sobrou despetalada numa canção,
Espalhou-se, me devorou,
E não sobrou o pó sobre a terra.
Virei algo que depois da chuva se enterra,
Esperando tu algum dia aparecer...
(para que eu pudesse renascer pela manhã)
Ao espairecer timidamente observando meu caule miúdo,
Terias de prestar atenção no porque de ficar mudo,
Quando tua lágrima me tocou,
Havia tanta beleza naquele dia
Que a saudade perdida no tempo se maldizia
Sofrendo por algo que , sinceramente, eu nem sabia existir...
De repente tu vens e me leva pelas mãos,
Eu sou uma planta ferida no coração pela angustia
dos cascos selvagens da amargura
Pisando meu amor, adentrando em minhas paragens,
Vencendo dentro de mim a dor de caminhar ferido,
Quando me levas contigo a galopar.
Vou esperar a chuva passar,
O tempo anda ruim,
Mas, mesmo assim, tu cresces dentro de mim
quando não me deixas mais sonhar.
Tirastes minhas raízes da terra, sou eu a ventar,
A tentar com meus pistilos fecundar a tua imaginação.
Indescritível...
https://www.youtube.com/watch?v=4b6N-Mv5S2c