Essa estória de amor...
 
Amores são tácitos clamores
Por um complemento a si
Um profundo desejo
De se ter quem necessariamente não se queria ser
Para não abrir mão talvez do que se é
Acrescido, complementado por muito mais
E ainda ver nos olhos o amor do outro
Um valor que a si nem se dê
 
Amores são diversos compostos
Pelas brincadeiras exploratórias dos corpos
Pelos atributos admirados
Se devem aos mistérios a serem revelados
Às ideias que seriam acrescidas
Aos sonhos compartilhados
À companhia silenciosa e atrevida
Ao apoio nas fraquezas já tão conhecidas
 
São semelhantes, esses amores diferentes
Nas suas fórmulas em que diferem doses e componentes
Nas intensidades e estabilidades emocionais da gente
Nas químicas dos corpos,
Nos pensamentos
Nas afinidades das almas
Nas inexplicáveis emoções
Ao estarem ou não presentes