Palumba Beryllus

És como estrutura de cristal! Delicadamente,

Uma pomba de divino amor...

És como do ouro o brilho! Notoriamente,

O fulgor da lua em esplendor...

Tens sorrisos à face, e, vagarosamente

O corpo desfila em andares de primor.

Tens desejos que se exalam, docemente,

Da branca pele em brados belos e sem dor!

Por existir em fogo vivo, em arder,

Tens olhos nascentes a procurar

Na vastidão do tempo o brilho intenso do par.

Constróis um pequeno ninho de pássaros,

Que inteiramente me confortas

No infinito do teu amor nunca a findar...

És pomba,

És cristal,

És beldade lapidada.

Chamo-te Palumba, Beryllus!