EMBRIAGUEZ

Embriaguemo-nos de vinho

e de amor!

Entreguemo-nos ao carinho

às carícias

sem reservas

- ai... que delícia! -

e sem pudor!

Embriaguemo-nos de irresponsabilidade,

de sensualidade

de febre

de ardência!

Rocemos nossos lábios

de leve

deixemos nossas mãos

tatear carências!

Embriaguemo-nos de sexo

ainda que não haja nexo

na junção dos nossos corpos

em chamas.

Esqueçamos o complexo...

A simplicidade do momento

pede apenas um lençol

e uma cama!

Rolemos insanos

febris

sejamos sacanos

vis

percamos, de vez, o juízo!

Amor algum é eterno...

gozemos sem preocupar

com o inferno

ou com o paraíso!

Talvez, nem sejamos gente...

talvez sejas uma boneca

e eu um espantalho.

culpados?

inocentes?

Ora! deixemos de conversa...

Receba a minha seiva

e inunda-me com teu orvalho!

Embriaguemo-nos...

de vinho e de amor

sem reservas

e sem pudor!

Alexandre Brito - 29/12/2015 - 14:33

Alexandre Brito
Enviado por Alexandre Brito em 04/03/2016
Reeditado em 07/03/2016
Código do texto: T5563419
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