O Parque

Quis fazer uma poesia que lhe impressionasse,

busquei palavras trazida do meu coração;

ardentes, perfeitas, cheias de paixão.

E olhando na tela, em delongas horas,

recitei assim em versos:

Amada clara: eu tenho um troço pra te dizer

acho que fiquei entretido por você

senti um afrouxado de alegria

naquele dia que te vi no parque

Eu comendo rodela de cana

amada: você parecia a mais linda potranca

segurando aquele algodão doce

me vi como o próprio açúcar

em cada abocanhada sua

rodeava-me no céu de tua boca

oh! Clara: tu subis-te na minha cabeça

na altura daquela roda gigante

quando acenasse com a mão aquele beijo

feriu-me como espinho de mandacaru

o fogaréu do desejo

Maria: agora minha vista ficou só pra ti

os meus aboios soletraram só para ti

estou lerdo, vivendo a toa

falando coisas, sobre coisas

quando Maria me clareou

Maria Clara: mesmo assim clareado de amor

a poesia não pude entregar

ficou grudado roendo no meu peito

feito passarinho cantando preso

esperando o parque um dia voltar

autor; nildoaires

Ivanildoaires
Enviado por Ivanildoaires em 07/03/2016
Reeditado em 07/03/2016
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