AMO-TE

Amo-te

Como se tudo refletisse

As feridas de uma paixão

Imprensada na miragem

Que estilhaça os sentidos

E sucumbe aos vícios da pressa e da pressão

Amo-te

Como se tudo fosse

Lágrima, silêncio e cansaço

Alcançando a sede da noite

Movendo as coisas

Para as indagações mais estranhas

Amo-te

Como se a fantasia mais banal

Fosse um enigma

Reinaugurando o azul

Sobre as nossas cabeças

E afastando a dúvida do nosso caminho

Amo-te

Como se a eternidade

Começasse e terminasse em ti.

JOAQUIM RICARDO
Enviado por JOAQUIM RICARDO em 08/07/2007
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