Amor de antigos

Como são tristes os dias

do despencar da inocência!

Não era somente aparência

e nem os perfumes da flor.

Viram? Como esta pantera

que amores me inspirava,

era, na verdade, fera

e em minha boca escarrava?

Agora o peito adoeceu!

Estou numa torre a chorar.

Não existe mais lua no céu

nem, para cair, um mar!

Nem as letras me servem,

nem os versos antigos,

nem os amores perdidos

que, dentro de mim, fervem!

Sou besta! Sem sorte!

Amigo da morte!

O rumo! Meu norte!

Leitores, perdi!