Ao cigarro
Deitado no véu das estrelas
Viajando na imensidão
Eu me rendo por querê-las
Aos faróis que guiam meu coração
Eu decolo na fumaça
Que se despede do fumo
De liberta e finita
Sabe bem qual é seu rumo
É acima do mar
É além do mundo
Eu a sigo a perambular
No rio negro profundo
Quando a névoa corre
Eu corro também
Quando ela me percorre
Eu sinto o vai e o vem
Lentamente morro com teu cheiro
E ouço prazer no teu gemido
A minha frente, um isqueiro
Ao meu lado, teu corpo branco despido.