How long?
O que a gente diz quando ama?
Quando percebe
Que mais que dois corpos...
duas almas ainda se encontraram teimosamente?
E se constata antena e estação vibrando na mesma frequência
Que vê-se a olhos nus o pulsar ainda rápido, no flutuar da blusa sobre o seio desnudo
O subir e o dançar sob a regência das mesmas canções
Pois quando o amor encontra a paixão
Há pouco que se possa fazer a contrariar e isso é raríssimo mesmo em muitas harmonias ambulantes
(quase perfeitas)
Perfeito quer dizer muitas vezes nariz torto e um olho vesgo que pouco vê!
O que fazer senão providenciar pra que não mais se separem?
Essa perfeição descompassada do corpo e alma habitando um ao outro é impressionante!
Razão e emoção de braços dados numa troca incessante de fluidos verbais... (também)
Quando a divergência é mais amiga e parece bem mais uma motriz
e estranhamente (...) convergente
Flui!
O que fazer quando se redescobrem tão parecidos e tão perdidos e tão relutantes?
Quando a física e a faísca dos opostos que se atraem é absoluto equívoco simétrico
(...)
O tempo vem e a maturidade
O trem de tantas coisas circula na veia reacesa!
E a ilusão desaparece com a meninice
O que era barreira dá lugar à sensatez (um diálogo mais fundo e mais igual)
No limiar do entendimento e do conflito, qual Filosofia e Ciência
e,... tão gostoso e esquisito exatamente por isso
Tanto ainda por saber!
Descobre-se surpreso (a)... o que nem mesmo havia
Sim, outras coisas fantásticas (quase indecifráveis) produziram a distância!
Há um diálogo quase silencioso e fluente e quase perfeito...
(e perfeito também quer dizer nariz torto)
A própria mente encarrega-se de ecoar “How long will I love you?”
E ela mesma responde ignorante em som melódico e preciso.
Faz parar o corpo gostosamente, mesmo quando os ouvidos não decifram de imediato
Fica quieto escutando, como encostado mansamente a cabeça
No seio maciço, macio-veludo (...) e malhado (...) e saboroso memorável, de quem se ama!!
Eles ainda tesos e enchamados...
O que era barreira parece agora ímã de alguma forma
E outra pergunta ecoa num “How long will I want you?”
E, no eco-resposta se ouve: “Sempre e sempre!” Como sempre foi,
Mesmo quando tantas almofadas, travesseiros e lençóis abafaram esse grito.
O qual, do outro lado de alguma forma sempre se ouviu!
E a questão agora é saber “How long have us to be waiting for” e não mais “How long will I love you.”
Porque para esta última a resposta completa já se ouve em tamanha canção que ecoa, ecoa, ecoa!
Denny, 02/04/2016
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e
Multa por farol apagado de dia?
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Adenilson C. da Anunciação