Por você

Quem sou sem você

Sou noites sem luar

Estrelas sobre nuvens

Tempestade sem recuar

Canção sem entender

Perigo sem te avisar

Universo sem infinito

Sol sem aquecer

Morte sem perceber

Impacto sem o atrito

Choque sem o tombo

Caminhos em lenta ré

Resto poeira escombro

A Guerra isolando a fé

Sou uma primavera morta

Jardim de plantas murchas

Deserto sem clamar chuvas

Sou as setas fazendo curvas

E nos passos certos entorta

Sou Derrota fatalidade

Castelo que abriga horror

Do nada agindo terror

Pela intriga a fiar maldade

A luz sem luzir

Coluna que não sustenta

Haste que não se aguenta

Telhado sem cobrir

Som qual eco a reter

Neve mórbida e fria

A Selva sem a trilha

Texto sem içar saber

E Sou a Paz em conflito

O Amor sem a Direção

Sem ação sou negação

Camuflando suave grito

A lágrima que não rola

O Sorriso que se prende

Barbante que se embola

Fone que não te atende

Sou ventos que destrói

Eu sou a casa sem saída

Eu sou uma venda falida

Ruina que a mim constrói

Sem você eu sou nada

Ovelha rogando água

Tristeza trazendo mágoa

Esperança sendo tapada

Alegria sem ter o rosto

Coração sem o palpitar

Sou fogo sem se abrasar

Razão a saudar desgosto

Pois você é um espelho

Meu guia meu conselho

Que refletem a esperança

Vida boa lenta e mansa

Felicidade como sorriso

Qual a Paz de uma Formiga

Que labuta não se cansa

E semeia em tudo o riso

De fé a mente se irriga

Incitando este meu porquê

Ao sol colorindo neste chão

O Meu ser a pulsar Coração

Neste eterno se dar por você

José Corrêa Martins Filho
Enviado por José Corrêa Martins Filho em 03/04/2016
Reeditado em 04/12/2023
Código do texto: T5593974
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