Dentro de mim há algo que não tem fim

Vou desenhar a poeira

das folhas brancas do meu caderno,

Na esteira dos barcos de pesca.

Para as gaivotas é festa,

Para mim é celebração.

Cada barco que volta,

Retorna para o meu coração

com a tua poesia,

É a paz, de onde vem o teu clamor,

em orla, ditado em ondas,

até beijar o cais,

até encontrar-se com a eternidade da areia...

Observo que te bates, incessantemente,

Abraçando-me pela cintura em profundidade.

Rolas calada, em formosura,

Porém, amada, tu retém o raio de sol,

o molda a infinidade,

Dá-lhe sustento para ser etéreo,

Brilhando lindamente no mar...

Nesse mundo de pensar e repensar tudo,

O absoluto é o absurdo da arte,

Seu sustento,

Comovido com o luto

das ideias primorosas que não foram escritas,

Para calar-te, enfim,

Junto das pétalas inermes da cravina,

Deitada à sombra das rosas...

Riem-se diante da cegueira do meu amor.

Mas, nenhuma delas percebeu a fragrância,

Estancada no torpor das minhas frases,

e de tanta dor a poesia morreu ensaiada,

Desmaiada na visão do teu mar

sob ignorância da neblina.

És na paisagem essa cortina sedenta,

Dá-me o prazer de trazer-lhe a imagem da saudade.

E o vento que a afugenta,

no alto da colina,

Não sente comoção.

Sem fazer alarde ele se deita descansado,

Fechando os punhos delicadamente,

Apertando os dedos na palma de suas mãos,

Para nos socar, e nos bater eternamente.

Com ele a noite cai, a lua cerra seus olhos,

e tudo se torna penumbra,

Pintando as nuvens de formas estranhas,

Como se fossem animais aterrorizantes,

Que não tivessem nascido,

E diante de tanta dor vem espalhar meu sonho,

Acolhido no coração,

para deleitar-me em ti,

no teu céu,

nesga de uma teia arbitrária,

rima involuntária de uma sombra

à presença do sol,

Que a faz insurgir-se contra a tirania,

Agitando as nuvens pesarosas acima de mim.

Logo é manhã de repouso colorido,

E, embora eu não tivesse dormido,

Deito-me no céu coberto pelas tuas rosas,

Que, de tão azul, até poderia ser um deserto,

Mas, é, no entanto, infinito.

Tão complicado quanto é bonito.

Imagine meu amor,

ter algo assim, guardado no peito

e nunca ter fim...

http://drips.nalindesign.com/

..se vc aprecia as obras de Pollock poderá experimentar pintar como ele, no canto esquerdo um painel onde se pode mudar as cores e se passar o mouse sobre esse painel aparecerão opções de para mudar a largura do pincel.

Pollock nasceu em 28 de Janeiro de 1912 em Cody, no estado de Wyoming. Começou seus estudos em Los Angeles e depois mudou-se para New York. Homem de personalidade volátil e tendo vários problemas com o alcoolismo, em 1945 ele casou-se com a pintora Lee Krasner, que se tornaria uma importante influência em sua carreira e em seu legado.

Desenvolveu uma técnica de pintura, criada por Max Ernst, o 'dripping' (gotejamento), na qual respingava a tinta sobre suas imensas telas; os pingos escorriam formando traços harmoniosos e pareciam entrelaçar-se na superfície da tela. Pollock foi muito importante para o 'dripping'; o quadro "UM" é um exemplo dessa técnica. Pintava com a tela colocada no chão para sentir-se dentro do quadro. Pollock parte do zero, do pingo de tinta que deixa cair na tela elabora uma obra de arte. Além de deixar de lado o cavalete, Pollock também não usa mais pincéis.

A arte de Pollock combina a simplicidade com a pintura pura e suas obras de maiores dimensões possuem características monumentais. Com Pollock, há o auge da pintura de ação (action painting). A tensão ético-religiosa por ele vivida o impele aos pintores da Revolução mexicana. Sua esfera da arte é o inconsciente: seus signos são um prolongamento do seu interior. Apesar de ter seu trabalho reconhecido e com exposições por vários países do mundo, Pollock nunca saiu dos Estados Unidos. Morreu em um acidente de carro em 11 de agosto de 1956. Foi sepultado no Green River Cemetery, Condado de Suffolk, Nova Iorque, Estados Unidos. (Wikipédia)

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