A estrada

A estrada parecia calma e deserta, nada passava diante dos meus olhos. Subtamente uma luz veio ao meu encontro,

Era apenas os raios do sol perfurando a copa das árvores.

Uma sensação estranha me veio, o solilóquio angustiante.

Nem sequer o vento balouçava as árvores. Tudo estava imóvel. Apenas eu estava ali cortando a distância que nos separa.

Senti medo, mas um grito de coragem se abriu em meu coração.

Pisei mais fundo no acelerador, no entanto, tinha uma sensação de estar parado.

Abri os vidros do carro para o vento adentrar. Esquisito, ele não aceitou o convite. Neste momento me senti só, em meio a uma multidão.

O tempo se alongava e a distância continuava mórbida.

Não entendo, o tempo passa, a velocidade aumenta, e o meu destino parece estar tão distante. De repente, clarões seguidos de um barulho ensurdecedor.

O céu começa a chorar alucinadamente, a terra tenta em vão secar suas lágrimas, mas o choro é tão intenso que começa a formar corredeiras que não sei para onde vão, com um destino incerto. Agora eu, mais devagar, continuo meu caminho. O choro cessa, o sol novamente desperta, com seus raios de luz.

O brilho dos raios do sol recortando a copa das árvores, agora molhada pela chuva, emitem cores diversas que me fascinam. Freio até parar, desço do carro para melhor observar. Ouço um canto milenar de uma canção de ninar, devo estar surtando, ou apenas voltando?

Regressar jamais, sem meu sonho encontrar. Volto para o carro , acendo um cigarro, jogo-o para fora e apago-o. Desisto deste vício que acaba comigo. Ligo o carro volto a acelerar, em instantes estou à estrada passar.

A distância tende a me ganhar, mas não vai fácil me conquistar. De longe vim para encontrar aquela que me faz sonhar. Eu sei que vou em breve encontrar, mulher que para sempre vou amar.

Contador
Enviado por Contador em 10/07/2007
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