PEDACINHOS ( 31 a 40 )
XXXI
A distância tem valor . . .
Valor de grande importância !
Todo velho sente amor
Pelo que passou na infância.
XXXII
Grande tormento eu já tive,
Por um amor que findou,
A dor também já não vive,
Foi uma nuvem que passou. . .
XXXIII
Vai-se um dia, após outro dia,
Mês após mês, vai-se o ano . . .
A vida, é monotonia,
Ilusão e desengano.
XXXIV
Creio que vôce não sabe
Se sabe, vôce não crê;
Não há no mundo o que acabe,
Meu grande amor por vôce !
XXXV
Vôce, garota bonita,
No meu triste olhar não vê
Que minha alma vive aflita ,
Só por causa de vôce.
XXXVI
Ao morrer a minha infância,
Ao nascer a mocidade,
Vi na ilusão da distância
A humana felicidade. . .
XXXVII
Esperar é crer que a vida
Vai sempre nos compensar,
E que a dor emudecida,
É o bem que está para chegar.
XXXVIII
Sim, quantas vêzes, eu sinto
Uma tristeza sem par,
E, nessas vêzes, eu minto,
Uma alegria, para não chorar.
XXXIX
Natal ...! Infância ...! Saudades
Papai Noel, por presente,
Quero que a felicidade,
Se espalhe por tôda gente.
XL
Êsse natal recordou,
Em meu coração velhinho,
Uma rosa que murchou,
Flôr que encontrei no caminho . . .
10/07/07