Além das paredes do tempo

Eu observo as paredes do tempo

Que fechadas no meu pensamento

Delimitam desde a tarde que a conheci

Até este último segundo que vivi.

O futuro são cenas imprecisas,

Imagens cuja essência é vontade e alegria:

Sonho, matéria frágil da alma;

Força viva que nos acalma.

Eu vejo tudo isso em colunas,

Mas quero advinhar nas estrelas

No infinito, além das rachaduras,

Toda a vida que há no amor

Que, certamente, não se adapta a fechaduras

Nem aos entraves da dor...

Mar de Oliveira Campos
Enviado por Mar de Oliveira Campos em 10/07/2007
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