ELEGIA
Sendo plágio de Vênus
a beleza se instala
na sua planície de cítaras
e pórticos de exuberâncias tóxicas.
Seu corpo
tem o verde sazonal
só encontrado em Monet.
Expulsas do templo milenar
as riquezas emanam dos seus poros.
Sementes de primavera
buscam o repouso do seu chão.
Concêntricas geometrias góticas
revelam a fertilidade do seu encanto
vasto e sem emendas.
Um belo horizonte sem cura
é inquietante e revolto
na sua cúpula etérea,
fio necessário de azuis.