Se estou só em meu coração,

Estou só contigo, sempre,

Onde quer que vague,

Sigo sempre contigo.

Deixarei que meu espírito decida,

Como a neve que não me cabe,

A prostrar-se,

Pois saberás quando deves te derreter,

E reencontrar-me,

Em pequenas gotas,

Dispersando-se calmamente

para o mar.

Entrementes explodes,

Com a pujança da hora estimada.

Espero, pois, o seu amor me preencher

sem explicações,

sem conjecturas de paixões,

nem amarguras,

nem ilusões,

Que cerceiem tua alma,

No alimento puro do amor.

Flor que me aquece e clareia,

Tu faz-me sobreviver,

é assim que te quero.

Amei numa curva do seu corpo,

que turva o tempo da minha inspiração,

-é emanação saída da tua boca,

alado sopro do meu coração

que me enche de vida,

E preenche puro e rarefeito o ar,

Que hei de respirar em silenciosa eternidade,

Na atmosfera que me sufoca,

Perdido em ti, saudade,

Mar distante que trago em mim,

Entre os mundos abissais, alucinantes,

em que mergulho...

Que a espera retroceda,

Numa composição esperançosa,

Porém, muda e carente

De um ramalhete de rosas

Trazendo-lhe um cartão

Com versos perolados,

Delicadamente decorado,

Escrito por nossas mãos no passado,

Com algo pescado no vazio

onde posso vê-la fluir de tua boca que sorri,

Vários caminhos de pedras.

Agora és o rio,

De dor sinuosa que sinto,

Virtuosa luz que nos ilumina.

Se um dia quiseres me ouvir,

E por mim, seguir como pequena folha,

Ao som do outono,

Corre amada, por minhas veias,

Esquece a lembrança que tu receia,

E flui mais uma vez...

Floreia, sem nunca esquecer-me,

Qual cicatriz tatuada

a marcar o corpo da areia pisada,

pelo caminho que tu assombra,

E deixa pegadas caídas,

porém afagadas,

na fenda macia da ampulheta que corre,

Recompondo a madrugada

que em mim escorre,

Lentamente afogada de tua aparição,

Fantasma da minha alma dilacerada,

Pois tu é a renda tecida de flor gêmea,

Fêmea do amor e da minha sombra,

Tu repousa em nossos corações,

Sendo o meu próprio sangue,

Esquecido na ferida, coagulado.

Enquanto o tempo empoçado converte-se

A espairecer no espelho do lago,

Em águas paradas pelo veneno da vida,

Perdendo-se em algo

que nunca poderá morrer.

https://www.youtube.com/watch?v=f1xSeQuN1A4

Jim Carrey

Quando tinha 16 anos, sua mãe ficou muito doente e ele teve que sair da escola para cuidar dela. Quando ela faleceu, seu pai deprimido não conseguiu manter o trabalho nem o ritmo de vida e durante esses momentos difíceis, sua família foi despejada e acabaram morando dentro de uma Kombi por vários meses. Disse certa vez que o mais difícil era sair a noite para fazer stand up comedy, superar toda a tristeza e fazer os outro rirem.