Arrebatamento

Inunda a minha alma seu mar profundo,
E me isola da terra dos mortais comuns.
Toda palavra é vã, todo arrebatamento é pouco
Nesse desconhecimento de mim, que é você.

Te amar é entregar-se, inocente sempre,
à subversão do bom senso;
É saber que nunca, nunca, nada
Nenhuma coerência há de vir me consolar.

Conhecer o amor como desígnio invisível
Vindo do alto, da voz do espírito;
De baixo, dos gemidos do sexo;
De dentro, do silêncio da alma;
De fora, do que sempre escapa
Depois de se fazer presente.
Fátima Castanheira
Enviado por Fátima Castanheira em 07/05/2016
Reeditado em 17/09/2016
Código do texto: T5628486
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