Outono

O orvalho é o choro contido de todas as noites em que não estou contigo.

Calculei os versos para que eles tivessem a medida exata de um abraço.

As luzes que se acenderam pelo caminho não te ajudaram a me encontrar.

Pontuei as frases, troquei o jarro e as flores, me desfiz do orgulho.

Perdida dentro um mundo estranho, meu lar cabe na palma da mão.

As estações brincaram de se perfazer, era agosto e anteontem foi verão.

Nunca pareceu que ia ser o último dia, quem é que poderia adivinhar?

Onde estaria minha atenção que não pudesse ler o profundo de seus olhos?

Há tantas vírgulas nesse fim, há tanto de você em mim.

O amor é cego porque o que se toca antes do corpo é o coração.

Não se pode dizer que um sonho morreu quando ele está somente adormecido.

As lembranças remontam um gigantesco quebra-cabeça de perspectivas.

Por hoje bastaria um pouco de passado no presente, bastaria apenas você.

Uma noite em que a saudade não fosse maior do que a alegria de te ver.

Recadinho: Oi, amigos e amigas recantistas, aqui é a Mary. Excluí minha antiga conta e estou de volta. Espero que gostem de me receber. Beijinhos a todos e tenham uma ótima semana! :)

Marisol Luz (Mary)
Enviado por Marisol Luz (Mary) em 16/05/2016
Reeditado em 16/05/2016
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