DOCE DESPERTAR

Um vento sufocante sacudia

Minha alma devassada pela dor.

Onde estás meu querido? Arde-me o ser...

Por ti embalde clamo, meu amor!

Por que tardas? Apaga esta saudade.

Um grito impaciente no infinito

Se eleva. Só a voz triste dos lêmures

Ouço. Sangra-me o peito frio e aflito.

Paira, agora, um silêncio adormecido,

Triste e quedo. Entre os rubros tons o dia

Expirava, e ofegante vinha a noite.

Muito ao longe a tormenta indócil ria.

Por que me deixas frágil e infeliz?

Esse sofrer atroz já não tem cura.

As lágrimas gotejam de meus olhos,

Meu coração vagueia e te procura.

Sinto a tépida luz do sol beijar-me.

Minhas pálpebras úmidas, enfim,

Abrem-se. Vejo teu cálido olhar.

Com doçura te aninhas junto a mim.

Foi-se a escuridão. Vem o alumbramento.

Finalmente acordei, foi só um sonho.

Tua presença brilha como luz,

Meu coração feliz pulsa risonho!

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OBRIGADA POETA IRINEU GOMES

Se é doce despertar

Ao lado do seu amado

É o mesmo que encontrar

O que era procurado.

Carminha Ramos
Enviado por Carminha Ramos em 17/05/2016
Reeditado em 18/05/2016
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