SOMBRAS

Nas sombras da noite eu me levava

Pelas trilhas do silêncio até a aurora.

Via renascerem fantasias de outrora

E bebia do sol pálido a luz dourada.

No denso aroma notei o corpo suave

E como um vulto andei sobre conchas

Que são desejos que se desmancham

Sob o pudor dos vícios que são claves.

Tímido sentimento brotava displicente

Dentre as inflexões tombadas pelo cio,

Percebia-me em nudez o corpo doentio

Pelo viço que me maltrava de repente...

Deixei o prazer secar a volúpia infante

E nas sombras da noite fui o eu d’antes!

DE Ivan de Oliveira Melo

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 12/06/2016
Código do texto: T5664887
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.