Toda a ternura

E quando todo o sentimento

Tiver se esgotado,

Mesmo que deixe de te entrever

No maior dos meus sonhos,

E toda a sorte de estares e quereres

Se apossar de mim,

Tornando-me um ser contido

De garras e correntes,

Mesmo que isto não o deseje

Nem pense o impensável,

Saberei resgatar em sonho

Aquele teu olhar lendo minh’alma

E agradecido,

Por te querer assim e tanto,

Numa linha de desejos

Que se mesclam em espírito e corpo,

Acalentando o teu íntimo.

Mas, sobretudo lembra,

Que fomos ontem,

O que nos dispomos hoje

A encontrar no outro

A linguagem das mãos,

O sentir-se mais profundo,

O toque compassado do coração.

E mais, muito mais,

Na integração de intelectos,

A certeza de que somos iguais

Na diferença de pertencermos a mundos diferentes!

Mas, o mundo de sentimentos e visões...

Do ontem, hoje e amanhã!

Para que em algum lugar ou tempo que criarmos,

Possamos vislumbrar a ternura sempre existente!

sonia barbosa
Enviado por sonia barbosa em 04/10/2005
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