Um Espinho na Alma

Na alma

Um espinho cravado

Pela angustia

De por ti ser deixado

E é esta dor

Que aos poucos me mata

Levando à morte

A este corpo que maltrata

E se não fosse pouco

Pela noie sombria

Pelas brechas da porta

De longe eu a via

Um leve sorriso

E nada mais dissera

Partistes pelo caminho

Numa noite de primavera

Hoje entendo o porque

Não pode ser minha

Minha doce amada

Filha de rainha

Este moço que lhe amou

Era pobre e vagabundo

Vagava pelas ruas

Deste enorme mundo

Sem nada a lhe oferecer

Se não o amor

Um beijo talvez

E depois uma flor

Rio de Janeiro 16 de Julho de 2007