Chuva
Chuva fria, céu cinzento
Os pingos batem incessantemente no para-brisas do carro
Fazendo uma melodia triste e descompassada
A violência da natureza exacerbada
Desencadeia lembranças da minha vida conturbada
Atormentada pela solidão
Dilacerada pela sua ausência
Que teimosamente não quer meu perdão.
Os carros passam rapidamente
Apressados, aturdidos para fugir
Fugir da chuva, do perigo latente
Dos teus olhos fazendo o amor emergir.
Meu pensamento está voando
Longe do barulho externo
Procurando por seu coração, que continua sonhando
Vem para mim, me tira desse frio inverno.
Sinto sua respiração novamente
Suas mãos desarrumando meus cabelos displicentemente
Sua boca procurando a minha cheia de desejos
Sinto meu corpo tremer de paixão, imaginando teus beijos.