Novos mares
Estou navegando outra vez
Por pouco tempo fiquei em terra firme
Logo depois que ancorei, partir em novo veleiro e em outro mar
Louca, apressada, inconsequente, devassa
Tantos adjetivos, tantos comentários
Tantos juízes de minha alma
Porém, só eu sei por que navego tanto
O que procuro num elemento tão instável
A insegurança do leito aquático é o meu ópio
Não surpreendo-me por quem assim se comporta
Navegar em corações diversos é um elixir, um agrado que si dá
Um prÊmio, uma busca cega
Posso registrar minha Ânsia, minha talvez errante Ânsia
Mas, asseguro-vos, estar À mercÊ dos quatro ventos é um delírio
um beijo na imortalidade, na onipotÊncia que só Deus possui
Mas que nos atrevemos em desejar e a petiscar quando navegamos