A minha obra

Sentado em chão congelado

Meu coração fica fadado

Ao silêncio penetrante

De uma alma tão cintilante

Ás árvores são movidas pelos ventos

E as águas transbordam um sons sonolentos

Meus olhos começam a gotejar

No corpo a limpar

Fecho-me em minhas fantasias

Transformo tudo em poesias

O toque da minha mão

Que me leva a minha paixão

Sou um amante da natueza

E um explorar da beleza

Eu vou andando pela calçada

Cantando as cantigas mais faladas

Piso no chão de areia

Sinto meu espírito indo à beira

As folhas me cobrem de retalhos

E eu fico de braços abertos

Sento-me no chão congelado

Fecho meus olhos acastanhados

Ouço apenas uma voz

E a minha batida do meu peito veloz

Eras tu, meu amor

Pedindo-me uma história

E eu dando-te uma poesia

Desse lugar de muito clamor

Eras tu, a minha obra.

Sofia do Itiberê
Enviado por Sofia do Itiberê em 05/07/2016
Código do texto: T5688218
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