ÚLTIMA POESIA...

Como uma jardineira desesperada,

que numa manhã de muita geada,

tenta proteger a sua flor...

E como eu, em tantas baladas,

enfrentei frias madrugadas,

fui em busca do seu amor...

Ouvindo os tristes sons de um violão,

que enchia minha alma de emoção,

que então ví, nascer aquele dia...

Mas...para que nada se completa,

para matar de vez esse poeta,

abraçada, com outro saía...

Ví, que tudo morreu num segundo,

nem todos os diamantes do mundo,

desviariam, o meu olhar...

O que nasceu, em minha profundeza,

veio, para matar-me de tristeza,

por...loucamente a amar...

Sem saber, minha alma ela feria,

como se fosse, minha última poesia,

como se fosse, um último adeus...

Por que, esse encontro não evitava?

era, por que muito a amava...

E era-me a vida...os olhos seus...

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 17/07/2007
Reeditado em 09/01/2009
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