DA PAUSA DO AMOR
                         
A pedido do poeta João Sampaio

O amor é uma doença alterosa
Que banha o ser em ilusão doentia
Tira-lhe o tino na imersão nervosa
Ora lareira, ora laje fria

Do amor não há evasão pela janela
Não há atalhos restaurando a vida
Paixão febril que a tudo desmantela
Colhe os destroços da razão perdida

Eu que já amei sob tontura
Por ora estou imune à tortura
Do jugo que não sei bom ou ruim

E nesse prisma do meu céu fagueiro
Já não tiro poemas do tinteiro
Enquanto a musa se esquecer de mim.
Landro Oviedo
Enviado por Landro Oviedo em 09/07/2016
Reeditado em 09/07/2016
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