Ode á Gabriel

Meus passos se perderam na noite.

Noite fria, densa e vazia.

Eu nascerá para governar marés,

ser filha bem amada das águas misteriosas que bailam diante do olhar curioso.

Mas eu precisava crescer...

Para isso:

Forjada nas chamas eu fui,

mas o fogo incinerou minha alma com seu ardor.

Maculou - me a frágil pele, mas deixou de saciar meus anseios.

Cantei versos encantados de tempos longínquos ao lado de Éolo, o doce da face nefasta.

Mas tal liberdade me trouxe solidão

A terra por sua vez, ofereceu - me riquezas infindas

e passos firmes em sabedoria, sem pesares.

Mas meus passos de ninfa corriam campos em sonhos sem batalhas exatas,

nem pulsos que empunhassem espadas.

Voltei á meu lar e o vazio terminou seu árduo trabalho e me consumiu por completo

Foi quando ouvi teu chamado...

Ele partiu das Torres, e estás revolveram seus pilares.

Ele pulsou como doce tremor sobre minha pele,

E vi meus guardiões se curvarem.

Meu sangue a tanto tempo sem vida, correu em minhas veias com força surpreendente,

ressuscitando - me o corpo, restaurando minha alma, entregue á ele...

Eu finalmente pertencia aos portais do Oeste.

Pertencia ao meu bem amado, senhor dos sábios,

mensageiros das três faces e das nove asas.

Sua voz era como o trovão e tua pele como chama ardente.

Meus olhos cegaram - se em júbilo.

Eu finalmente pertencia ao Oeste...

Era guardada por Niacksa, a rainha das águas.

Criatura nova, presente dado ao Sol poente.

E agora enxergava a clareza, eu era a fênix ressurgida.

Eu agora era aquela que fazia parte de Gabriel, o sábio..."

L Orleander
Enviado por L Orleander em 18/07/2016
Código do texto: T5701883
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