SOBRE O MAR DE LAMA

Deixe eu te dizer amor

o que não foi dito,

olhos opacos, as mãos com emoções

a procura da tua doçura, da juventude bendita.

Deixe eu viver esse momento louco, mágico

onde encontro a razão, o prazer, a dor,

sobre a estupidez da tua boca

encontro a vida, misturada a dor.

Deixe me enganar nesse desejo sublime,

o encontro entre o prazer e a ilusão,

minto a mim, mais que alvoroço, ó verdade!

seu corpo junto ao meu, e tua alma tão distante.

Tão pouco tempo, ó miserável desejo!

que se sacia sobre um turbilhão de ilusão,

estupidez, arrogância, indiferença,

e eu jogado aos teus pés, sobre o mar de lama.

Nesse encontro, não te encontro, grita a alma

a implorar que finjas que me ama,

rouba as minhas migalhas, meus sonhos,

então mata, estrangula esse desejo sublime

onde encontro a vida, ó maldição!

LAZARO MARTINS
Enviado por LAZARO MARTINS em 05/08/2016
Reeditado em 10/04/2024
Código do texto: T5719570
Classificação de conteúdo: seguro