GIRASSÓIS
GIRASSÓIS
Elizabeth Fonseca
Vaga luz que os olhos não crêem
Vaga luz de um sonho que dormiu.
Luz distante, calada que partiu.
Sol que surgiu e não mais se vê.
Sóis... Tantos sóis!
Ah!... Meus girassóis...
Girando, girando até morrer,
Buscando seus raios, quer viver.
Ah!... Essa dor que não pára!
É a dor que aumenta, luz minha.
Oh! não se vá, olhe em meus olhos
Venha nascer, luz pequenina e clara.
Abraça-me, que estou sozinha!
Beija-me como se eu fosse a luz.
Ilumina-me, que sou a Terra.
Ama-me, que sou sua atmosfera!