Amor Partido

Não me olhe, não queiras sofrer em vão,

Ó moça fina de família nobre, sou plebeu.

Se um mortal em seu súbito deslize de ensejar o ver teus olhos divinos,

Sobrepõe-se aos mortais em desejo de vê-los, tão lindos feito pérolas,

Ó morte que a mim se destine, acalma a minha dor de não poder amá-la.

Ó céus que a mim sobre caia e caiem o negro da morte na linda poesia de amar. Eu desapareço em teus olhos fúlgidos, em tuas meigas mãos de fada,

Ó noite salpicada de estrelas, que luzem no luxo da imensidão cintilada e eu, me desboto aos encantos enquanto as estrelas cantam para mim a mais linda melodia de um adeus.

Aos poucos, esmaecendo-se e fazendo-se nuvem no espaço, eu me desfaço como castigo de ousadia de querer amar amais, e bem mais que todos os mortais. Tudo agora se desfaz entre o meu e o riso teu, feito a perda amada, imérita, feito fragor ultrassónico amarulento visto em câmara lenta, eu entre os teus braços inebriado em lagrimas e risos de um amor partido.