LAMENTO DE UM POETA

Noturnal viageiro sob o céu com luzeiro,

Sucumbe meu romantismo de inanição,

Falsas viandas que me fizeram crendeiro,

Taciturna oferenda para o meu coração.

Sentimental... mas nunca um albardeiro,

As minhas poesias são gritos em oração,

O amor, meu grande e fiel companheiro,

Eu sinto... choro... na mais pura emoçao.

Fonte cristalina de olências do alfeneiro,

Sou mais um rosto que vive em solidão,

Sina pungente! Ah! Mais um cativeiro!

Escravo da dor... holocausta destinação

Que fêz desta vida seu maior cancioneiro,

Poeta dos ais, e do lamento em profusão.

Riva. 017

Rivadávia Leite
Enviado por Rivadávia Leite em 07/10/2005
Código do texto: T57510