Floresta
 
Os pés farfalham sobre folhas caídas,
O outono ainda nem começou,
Mas um tapete colore o chão...
O tempo também tem idas e partidas,
O sol, infiltrado, sobre as folhas se espalhou,
Como se a floresta fosse um imenso caramanchão.
 
Olho para cima e reverencio as árvores seculares,
Não sei seus nomes, nem a classificação,
Mas diante delas, sinto-me pequeno, insignificante.
Sou viajante, tanto em floresta, como em mares,
Eles nos fazem sentir pequenos, diante da imensidão,
Perante eles, somos quais seres rastejantes...
 
Maldito seja, quem árvores corta,
É infeliz, quem nunca uma árvore plantou.
E quem comeu a fruta e descartou a semente.
É triste ver a natureza morta,
É terrível ver o quanto o homem desmatou,
Pior, é perceber, que até hoje, disto, não ressente...