Doido que só o diabo

Não me fale em amor. Nem sobre o que amas.

Minha fachada é forte, mas as estruturas, inseguras.

(Me balanço demais entre diversos meandros, para mármore)

Mas nem de brincadeira desdenho de desajustar.

Sou desejador exagerado de teus sabores.

Demais pro corpo descansar por completo.

Se no caso não estiver desmaiado em tua toca.

(Lembro-me de deitar longe, mas despertar bem dentro)

Por que a língua deu de brincar entre teus seios?

Que raios deu do meu santo bater com o teu?

É como acalento que os acasos causam

Pelos teus sutis lábios esticados.

É como um test drive de ninho ao descanso.

De um par de olhos marejados pelas esquinas,

Desassossegado demais pra qualquer repouso,

Mas doido que só o diabo por teu leito.

Unilson Mangini
Enviado por Unilson Mangini em 30/09/2016
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