Primaveril amor

Acordei com o toque do seu olhar a me observar.

Ficamos inertes fitando o infinito de cada um.

O tempo passou diferente e mais intenso.

Em nós as lembranças afloravam, perfumavam.

Sua imagem nos vales verdes de outrora, era primavera.

Caminhavas por entre alfazemas orvalhadas.

Mãos alvas e sorriso sutil nos lábios aos quais beijaria.

Ao meu lado estarias como sempre no cortejo.

Sinto seu olhar me seguir desejoso e feliz.

O nascer do sol é testemunha desta cumplicidade.

Tocar-lhe com a suavidade deste amor que rompe em mim.

Fazer rubro o rosto desta que por séculos aguardo.

Ler no seu olhar a infinidade de possibilidades e te amar.

Estremece meu corpo ao contado do seu abraço.

Seu sorriso franco e seguro de suas intenções.

Meus lábios úmidos aguardam pelos seus infinitamente.

O sol atravessa a janela com a brisa suave,

Vem fazer despertar meu corpo do devaneio.

Porém o perfume floral no ambiente permanece.

Mais um capítulo no diário de uma poetisa.

Dueto de Anne e Alecxander (15/10/20116)