A Espera

A Espera

E lentamente fecho os olhos saudosos

e no encanto noturno, em tua lembrança, adormeço

face exausta, corroída pela saudade

sonhos teus, e neles vago, de madrugada...padeço.

Tua voz ecoa na mente e a imagem se embaça,

tal qual a neblina, que arranha-céus, sem dó, enlaça,

qual a doença que fere menos quando desperto

qual dor imensa que anestesio de modo incerto.

E na incerteza, vou esmagando essa tristeza,

que faz de mim, inerte corpo sobre a mesa

e na esperança vou carregando tua beleza,

que faz dos prantos, belas luzes de pureza.

Nos teus cabelos, sinto a noite já esquecida,

sem teu calor já sou poeta em despedida,

não tenho paz, sou infinito amor sem fim

e aos céus imploro que um dia voltes para mim.

Venha com garras que eu te amo intensamente

venha sorrindo, minha bela estrela cadente

venha pra sempre em meus braços se guardar,

venha sem medo,

que amando estou a te esperar...