Eternidade branca

Não mais que o fogo que na quimera queima, não mais que os olhos turvos

Inebriante da íris fervorosa,

Se longe vai lembranças tontas

Pelo vinho carmesim, deito -me pargo

Neste rio de corpos lembranças de mim.

Sou pasto dos açoites que na carne vibra,sou voz muda preso as teias do peito amado, preso na loucura fremente, dou meus beijos na neblina

Fria ,desta manhã testemunha.

Se do meu adeus chora a eternidade

Dos anjos , Sou espaço incolor

No vidro opaco ,sou tinta sem cor

No adormecido papiro branco

da minha idade.