Garimpo de amores...

Um rico diamante nasce impuro e vem de baixo.

Aflora limpo e lapidado,

virando-se fortuna.

O homem se suja de diamantes para ser bandido,

atrevido como a selva que ensina aos brutos,

o rústico saber dos abutres.

Suponho que o mar não tem limites,

nem fronteiras,

nem cisternas.

Pensa o poeta sobre as cinzas enegrecidas

de um vulcão fictício, não versejado,

meio a relvas de citações, amores sem visões,

raros, instantes raros de sentimentos desgastados.

Um brilhante é o que procuro nos versos,

não na vida,

essa que deixo para caber todo o meu amor

lapidado nos beijos bem ceivados

e nos abraços de começo tímido

e de fim absoluto, quando pode findar-se

noutro amor deslapidado,

voltado ao diamante,

cinzas do mundo, olho da cratera profunda

como a casa dos anjos,

que só amam, quando caem do céu!