Chuva
deixa essa chuva cair, molhar nossa pele nua
deixa o vento nos secar, essa ventania sacra
essa ventania seca, essa realidade tua
se confunde com a minha e me adapta
me leva pro teu mundo
um reflexo esquecido no espelho marcado de batom
é um sorriso barulhento e surdo
uma surdez iníqua que nos dá o tom
deixa teu relógio molhar, deixa a chuva lavar
essa terra, libertar dos pecados
me deixa dizer o que eu não posso falar
me deixa simplesmente ficar do teu lado
esquece os cadernos, o ano escolar acabou
curte comigo esse momento sublime, subliminar
vem comigo pra um abraço gostoso, que nosso amor gerou
aquele nosso abraço que dá vontade de beijar...
deixa essa chuva nosso amor molhar
ele não é de açúcar, embora teu beijo seja doce feito mel
ah!, quem me dera poder te fazer notar
que tu me beijando eu vôo até o céu...
***Mateus Müller