A PAIXÃO RECLAMA, O AMOR NADA PEDE!

Quando se quer recompensa,

quando se busca u'a paga,

não é amor o que pensa

quem, assim, age e afaga...

O amor é manso e quieto,

fica à sombra aguardando...

Ao outro não manda seu veto,

dele não fica se gabando.

A paixão, irriquieta e vadia,

nas noites de tempestade,

se veste de linda poesia,

vai atrás de felicidade...

Acende o fogo da alma,

ligeira sobe a ladeira,

enche a taça de desejos,

recebe todos os beijos,

depois vai se calando,

até exalar o cheiro

de um instante tão inteiro,

onde o amor ali não estava...

Quando o dia foi nascendo,

mudava sua embalagem,

viajando na carruagem

dos sonhos que não existiam...

O Amor, no entanto, vivo,

continuava de pé,

firmando com sua Fé,

um novo testamento...

Nele dizia, apenas:

"ao meu amor, ao relento,

deixo minha lealdade,

meu querer que foi imenso,

minha dor, minha vontade

de que outra oportunidade

nos conceda o Criador,

de voltar aqui e ver,

nem que seja num segundo,

o maior amor do mundo:

meu amor-eternidade!

Deste amor me impregnar,

até que um dia, ao retornar,

mesmo que em veste diversa,

indiana ou mesmo persa,

possa me reconhecer,

num olhar enamorado,

fraterno ou desperdiçado,

mas me ver, sem desdenhar...

É assim que quero ser,

viver de sonhos, sofrer,

mas nunca deixar de amar"...

(às 21:23 hs do dia 30/07/2007)

Mariza Monica
Enviado por Mariza Monica em 30/07/2007
Código do texto: T586095
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.