Sou como o vento

Quero acarinhar o teu cabelo

E sentir teu pêlo

Roçando no meu.

Quero dividir o leito

E sentir no peito

Um carinho teu.

Quero provocar o teu ciúme

Exalando um perfume

Que não seja teu.

Quero é sentir teu hálito

Num beijo cálido

Sobre os lábios meus.

E depois de tudo

Quero estar mudo

E olhar o teto

Imaginando coisas

Pro segundo ato.

Quero é estar contigo

No forte abrigo

Dos braços teus.

Quero é ser teu homem

E que não me tomem

Aquilo que é meu.

Quero o teu pensamento

Caminhando lento

De encontro ao meu.

Quero o teu olhar matreiro

Vigiando inteiro

Este corpo teu.

E quando a lua for

Quero que me digas

Se ainda há amor

Para o sol queimar.

Pois estou sedento

Sou como o vento

Não sei respeitar.

Claudio Kosmo
Enviado por Claudio Kosmo em 28/12/2016
Reeditado em 28/12/2016
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