FIM DE TARDE.

Caminhamos lado a lado.

Sentindo a brisa morna de verão a envolver meu corpo.

Pensamentos voavam junto com as gaivotas no final de tarde.

Coração pulsando sentimentos de incertezas, alegria efêmera.

Logo chegará a realidade da partida, sem saber se o dia vai amanhecer para nós.

Nossos olhos se cruzavam e desviavam para não deixar que a vontade louca tomasse conta de nós.

Vontade essa para um beijo ardente que não pode ser dado nesse momento.

Tenho que partir, mas não queria partir, ainda tenho tantas coisas para falar para sentir.

Quero poder estar ao seu lado para viver o que não vivi.

Para falar o que não falei,

caminhamos sem sentindo, entre os sobrados que descobrimos juntos.

Observo a natureza. observo a rua observo você.

O que faço para meus sonhos não escurecerem como a noite que está prestes a chegar, e levar para a longe tua imagem.

O que faço com o meu grito surdo que está prestes a explodir e dizer.

Vem noite , vem dia, vem mais tarde entardecentes, vem sem medo,

Vem caminhar ao meu lado de mãos dadas, não desvie seu olhar, me beije me abrace, deixe a brisa morna do verão envolver nossos corpos pulsantes de desejos de querer amar.

MARIEL MELLO
Enviado por MARIEL MELLO em 02/01/2017
Reeditado em 02/01/2017
Código do texto: T5870285
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.