TITUBEANTES
TITUBEANTES
Na mesmice dos dias
Fico as vezes em caminhos de dormência
Na janela de minhas construções
A olhar as folhas
Que brincam com o vento, algumas presas
A finos fios de telhas-de-aranhas
Rolam titubeantes feito bêbadas
A se equilibrar no porre da indiferença
Fico ali todo tempo
Preso a perfumes
Que a muito se evaporou.
Fico ali com o olhar se equilibrando nos trilhos
Das arranhas
Fico ali
Todo o tempo
Que a mesmice pasmou
Meus passos andantes de ontem
José de Brito