Doce espera


Como o campo que sorridente espera
o pôr do sol, o resurgir da aurora,
meu coração aguarda suavemente
a tua vinda pra me levar embora.

O amor que sinto por você querido
é como o sol a iluminar a flora.
Se estivesse bem juntinho a mim,
não me importaria se morresse agora.

Como as sementes vibram com a chuva,
que as fecudam e as fazem dimanarem,
meu coração vibrará de felicidade
quando a luz de nossos olhos se cruzarem.

Como as águas volumosas das enchentes
arrastam consigo cidades de cimento,
O teu regresso há de arrastar pra longe,
minhas tristezas, angústias e sofrimentos.

Como uma praça de luz toda enfeitada,
que nas noites de verão transmitem paz,
meu coração transmitirá eternamente,
um grande amor por você, por ninguém mais.

As andorinhas com seu cantar melódico
voam baixinho e pousam nos telhados.
Meus pensamentos voam solitários
querendo tê-lo sempre ao meu lado.

Pior que a seca que mata no Nordeste,
homens, mulheres, crianças e animais,
É esse amor que brota no meu peito
Como florzinhas nascidas nos quintais.

Para os médicos quase tudo é possível,
pois até órgãos eles podem transplantar,
mas a inteligência deles não é suficiente
Para impedir o meu coração de te amar.

Dez ou quinze anos, sei que irão passar,
mas como o mundo gira bem veloz,
Nessa minha doce e inquietante espera,
tenho certeza de que um dia, Eu e Tu seremos nós.
Nanna Fazzio
Enviado por Nanna Fazzio em 10/01/2017
Reeditado em 08/08/2020
Código do texto: T5878043
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