Não vejo nada
Peguei um papel
E tentei expressar tudo o que havia
Mas não consegui passar
Aquilo que eu sentia
Era muito doentio
Entrar em meu quarto
Pensar que era tardio
E perceber o quanto
Meu quarto era vazio
A caneta me fazia perceber
Que o que me aliviava
Era sentar e escrever
Mas o tempo passava
E eu não sabia dizer
A águas caiam em minha face
Eu as secava com um pano
E se eu ali ficasse
Acabaria em pranto
Regando meu próprio desencanto
Aliviei minha dor
Aos poucos o sol novamente se apagou
Escureceu de novo
Para aumentar o meu rancor
E aqui estou de volta
Com minha alma morta
Para expressar em escrito
Meu sentimento de amor extinto.