O TEMPO

Bendito seja o Tempo

Senhor dos momentos

Das horas idas e vindas

Mestre dos magos reveladores

Que no seu Tempo dosadamente

Gota a gota desvela

As fraquezas e resistências

Do místico amor

Amor, que há um Tempo

Perdura no Tempo

Como se eterno fosse

Mostrando-se inabalável

Apoteótico, confiante

Forte, sedutor...

Mas que num átimo de Tempo

Esse mesmo amor, até então,

Um caniço inquebrável

Se mostra vacilante, incerto,

Desconcertante...

E descrente, o amor, curva-se

Ao mais suave vento

Das palavras ditas

Despretensiosas, sem pudores

Mas o Tempo absoluto

remédios de todas as dores

trás consigo um aliado a contento

Que magicamente faz

Renascer do chão

O salvador e necessário perdão

E o amor em Tempo, se faz leve

Livre e resistente na infinidade

Do sutil e sagrado Tempo.

07-09-016

Carlos Abdon
Enviado por Carlos Abdon em 24/01/2017
Código do texto: T5891947
Classificação de conteúdo: seguro