O TEMPO
Bendito seja o Tempo
Senhor dos momentos
Das horas idas e vindas
Mestre dos magos reveladores
Que no seu Tempo dosadamente
Gota a gota desvela
As fraquezas e resistências
Do místico amor
Amor, que há um Tempo
Perdura no Tempo
Como se eterno fosse
Mostrando-se inabalável
Apoteótico, confiante
Forte, sedutor...
Mas que num átimo de Tempo
Esse mesmo amor, até então,
Um caniço inquebrável
Se mostra vacilante, incerto,
Desconcertante...
E descrente, o amor, curva-se
Ao mais suave vento
Das palavras ditas
Despretensiosas, sem pudores
Mas o Tempo absoluto
remédios de todas as dores
trás consigo um aliado a contento
Que magicamente faz
Renascer do chão
O salvador e necessário perdão
E o amor em Tempo, se faz leve
Livre e resistente na infinidade
Do sutil e sagrado Tempo.
07-09-016