os ecos da casa ressoam em púrpuras horas

os ecos da casa ressoam em púrpuras horas

todas as minhas ausências estão presentes,

desvelo o último fôlego das memórias.

as tuas tímidas palavras recuam, retornam,

penetram sutilmente entre os vãos das portas.

os teus passos atravessando o território do sonho

deixam rastros de tristes e breves noturnos.

as tuas mãos ainda perpetuando lutos recolhem

pó e a ferrugem do tempo que me devora.

Poema do livro Dois

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